quinta-feira, 16 de abril de 2009

Demônios na Escandinávia


Título Original: Beowulf (EUA,2007)
Gênero:
Ação/Aventura/Animação
Direção:
Robert Zemeckis

Elenco:

Ray Winstone
(Beowulf, dragão)
Robin Wright Penn
(Wealthow)
Anthony Hopkins
(Hrothgar)
John Malkovitch
(Unferth)
Crispin Glover
(Grendel)
Angelina Jolie
(Mãe de Grendel)

Eu confesso. Já tinha visto no cinema, em uma sessão repleta de adolescentes que clamavam por sangue e Angelina. Beowulf é um filme que mistura tudo que normalmente me faz sair correndo: animação digital com ar de artificial, poema épico e assombro dos assombros, o Anthony Hopkins pelado! 

O Diretor Robert Zemeckis já se aventurou nessa técnica de animação digital que empresta as características dos atores no aclamado “Expresso Polar”, e o resultado...bem, o resultado é que em muitos momentos, a animação ainda não convence. Tá certo que “Beowulf” foi originalmente concebido para ser visto em 3-D, o que dizem ser uma experiência cinematográfica totalmente diferente, mas seria bem mais interessante se mais cidades fora do eixo Rio-São Paulo tivessem salas de cinema próprias para esse tipo de exibição. 

Bem, vamos ao filme: o herói de nome impronunciável é um guerreiro escandinavo que viaja até o reino do Anthony Hopkins para derrotar Grendel – uma criatura que, atormentada por um eterno mau-humor, resolve matar e comer umas centenas de pessoas cada vez que o rei dá uma festa no seu salão. O demônio é também filho da Angelina Jolie, cuja voz aparece logo no início e que só vemos lá pelas tantas no filme, o que causa o maior suspense na história, afinal, tudo o que todos queriam era ver como ela ficaria de demônia escandinava digitalizada. Linda, como sempre. Biiiig Surprise. 
O pobre do rapaz é filho da beldade mas é feio que dói, e dá até pra simpatizar um pouquinho com ele, considerando o tamanho do seu complexo.

Em tempo, já que estamos falando de Grendel: o original Beowulf é um poema épico escrito em inglês antigo e um marco na literatura medieval, que diz-se, inspirou Tolkien a escrever “O Senhor dos Anéis”. Grendel, fala, e fala em inglês arcaico. Conseguimos entender mais ou menos 60% do que ele diz para poder deduzir o resto. O sotaque e a entonação estão perfeitos, assim como os de sua mãe.

Enfim, Beowulf chega lá e encara o monstrengo na raça. O platinado herói decide que quer derrotar o monstro em pé de igualdade, ou seja, nu em pêlo e apenas com sua força. 

Muito mais interessante que a batalha entre o guerreiro e o demônio, são os malabarismos e piruetas do diretor para esconder a “espada” do herói. É que é um filme para adolescentes, então é melhor fingir que os órgãos sexuais não existem, sabe. Prestei bastante atenção para ver se os animadores não deixavam escapar um pentelhímetro de pele das partes pudicas do herói como brincadeira mas eles foram irredutíveis: nu frontal, só mesmo da Angelina, que ela dá mais ibope. 

Nosso herói Beowulf se mostra como um homem mortal, com falhas e que sempre aumenta alguns pontos em suas histórias de heroísmo e bravura. 
Ele pode ser corajoso, mas é também um egocêntrico sem tamanho e sem muita integridade, já que sucumbe a toda e qualquer tentação, principalmente aos da mãe do bebezão gosmento Grendel.

Conclusão: Nunca, em nenhuma época, homem algum irá resistir aos encantos da Angelina Jolie, mesmo que ela vire um dragão escamado e depois tente empalar ele vivo!








Um comentário:

  1. "Anthony Hopkins pelado!"???\o/
    Já viu um antigo dele, "Nunca te vi sempre te amei", com ele e com Anne Bancroft? A dupla tá sintonia pura!;)

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